Um breve adeus

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Raquel Silva – curtindo um feriado no litoral paulistano
 

Ela integrou a equipe interna dos corretores da então Med Company.

Com as sucessivas mudanças no cenário do mercado de planos de saúde, a corretora Raquel teve de se reinventar, como a maioria dos corretores.

"Ela era uma guerreira" – confessou-me uma amiga ao me informar do seu falecimento.

Sim, Raquel era uma mulher sozinha. E sozinha vendia planos de saúde para sustentar sua casa e pagar suas contas. Uma Silva, uma heroína anônima, como tantas outras.

Era agitada, ansiosa, inquieta e nem o sol e nem a chuva impediam a corretora Raquel de ir ao encontro do seu cliente.

Conheço sua história.

Sou testemunha da sua garra, durante o período em que ela trabalhou no antigo salão da Qualicorp da Av. Ipiranga.

Sessenta e dois anos de lutas.

Se não vencia todas, passava por cima daquelas que não conseguia vencer.

Ontem, Raquel foi vencida por uma luta maior: Neste sábado (22), no hospital Santa Marjorie onde estava internada, sob os cuidados do planos de saúde Prevent Senior, Raquel Maria da Silva não resistiu às complicações causadas por uma bactéria alojada em sua massa encefálica e, às 6h da manhã, fechou os olhos físicos para este mundo.

Descansou.

Na manhã deste domingo (23), seu corpo desceu à mansão dos mortos, em Itaquera.

Raquel deixa um filho, quatro irmãos e alguns amigos.

Deixa também o exemplo de uma mulher batalhadora.

 

 

 Raquel concedeu uma pequena entrevista para o Programa Segura Brasil na ocasião em que fazíamos a cobertura da festa de fim de ano (2011) promovida pela Qualicorp.

Ela estava muito feliz porque havia ganhado uma rosa das mãos do "rei" Roberto Carlos de quem era fã.

A entrevista pode ser conferida, após um minuto e 30 segundos de exibição do Programa.

 

Para você, Raquel .

Os que amei, onde estão? Idos, dispersos, arrastados no giro dos tufões, Levados, como em sonho, entre visões, Na fuga, no ruir dos universos…

E eu mesmo, com os pés também imersos Na corrente e à mercê dos turbilhões, Só vejo espuma lívida, em cachões, E entre ela, aqui e ali, vultos submersos…

Mas se paro um momento, se consigo Fechar os olhos, sinto-os a meu lado De novo, esses que amei vivem comigo,

Vejo-os, ouço-os e ouvem-me também, Juntos no antigo amor, no amor sagrado, Na comunhão ideal do eterno Bem. .

Antero de Quental, in "Sonetos"

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Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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