O carioca corre risco de viver o pesadelo do paulistano?

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Analistas dizem que ação da reguladora vem tarde. Atendimento a 1,1 milhão de clientes tem de ser mantido

Agora, de uma fonte segura:

Por Beth Koike / Valor

ANS aplica intervenção fiscal à Unimed-Rio

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) instaurou regime de intervenção fiscal na Unimed-Rio, devido a problemas financeiros da cooperativa médica que tem mais de 1,1 milhão de usuários.

A agência reguladora nomeou um diretor, Gilberto Gomes, para acompanhar a situação econômico-financeira da Unimed-Rio por até um ano, a contar a partir de hoje. Esse diretor da ANS não tem poder de gestão.

No ano passado, a cooperativa carioca registrou prejuízo líquido de R$ 198 milhões — o primeiro resultado negativo desde 2002. Além disso, o patrimônio líquida caiu 64% para R$ 108,4 milhões e o caixa fechou 2014 negativo em R$ 164 milhões.

“Considerando as anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocam em risco a continuidade do atendimento à saúde”, informa resolução da ANS publicada hoje no “Diário Oficial”.

Os 5,3 mil médicos cooperados da Unimed-Rio terão que cobrir as perdas. A fim de dar um alívio ao caixa a cooperativa negocia a venda de seus hospital na Barra da Tijuca com três investidores. O valor pedido pela Unimed-Rio ultrapassa os R$ 500 milhões, segundo fontes do setor.

A gestão da Unimed-Rio, que há 21 anos está sob o comando de Celso Barros, vem sendo alvos de duras críticas da oposição pela falta de transparência na contabilidade. “Há uma total falta de transparência. Só temos acesso aos números uma vez por ano. O endividamento cresceu muito e agora temos essa capitalização para cobrir o prejuízo”, disse Eduard Costa, médico que assumirá o conselho fiscal em abril, durante entrevista ao Valor, há cerca de dez dias.

Em 2013, o Fleury rompeu seu contrato com a Unimed-Rio devido à problemas de atraso e até falta de pagamento. Na época, o laboratório perdeu 30% de sua receita no Rio de Janeiro.

Outro lado

A Unimed-Rio informou, por meio de comunicado, que iniciou no fim do ano passado um plano de gestão para reverter os problemas financeiros que levaram à ANS a instaurar na cooperativa médica a intervenção fiscal – medida tecnicamente conhecida no setor de saúde como Direção Fiscal.

Segundo comunicado da Unimed-Rio, os resultados financeiros negativos foram consequências do custo médico-hospitalar que teve aumento de 27%, enquanto a inflação foi de 6,41%. O percentual do custo da Unimed-Rio foi superior à média do setor que ficou em 18%.

“O cenário desfavorável foi determinado ainda por fortes investimentos em uma rede assistencial própria de atendimento, que ainda não trouxe o retorno esperado e provocaram dificuldades de caixa”, informou comunicado da cooperativa médica.

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Emmanuel Ramos de Castro
Amante da literatura, poesia, arte, música, filosofia, política, mitologia, filologia, astronomia e espiritualidade.

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